sexta-feira, 19 de março de 2010

Heroína Zilda Arns

A pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann (75), morta nesta quarta-feira no terremoto que devastou a cidade de Porto Príncipe, no Haiti, ficou conhecida no Brasil por sua atuação como coordenadora nacional da Pastoral da Criança, ligada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e por ser irmã de dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo.




Zilda Arns chegou ao país no dia do terremoto para dar uma palestra nesta quarta-feira (13). Ela morreu depois de ser atingida na cabeça por escombros da igreja em que estava. Zilda Arns viajou ao país para dar uma palestra e já tinha terminado o discurso quando foi atingida na cabeça.



Como era formada em medicina, especializou-se em saúde pública para ajudar crianças carentes a superar a mortalidade infantil, o que lhe rendeu sete prêmios e reconhecimento internacional.



Em 2006, ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz junto com outras 999 mulheres de todo o mundo.


Sua carreira como médica começou na pediatria do Hospital de Crianças César Pernetta, em Curitiba. Depois de se especializar na USP (Universidade de São Paulo) em saúde pública e em pediatria social em Medellin, na Colômbia, foi convidada, em 1980, a coordenar a campanha de vacinação para combater a primeira epidemia de poliomielite no Brasil, criando um método tão eficaz que acabou sendo adotado pelo Ministério da Saúde.

Foi ela que, a pedido da CNBB, criou a Pastoral da Criança, que já atendeu mais de 1,4 milhão de famílias pobres em quase todos os municípios do Brasil com a ajuda de milhares de voluntários.


Nascida em Forquilhinha (SC) e morando em Curitiba, Zilda criou cinco filhos. Uma de suas filhas, Sílvia, morreu em 2003 em um acidente de carro. Ela era avó de dez netos.

“Heroína da Saúde Pública das Américas”,
 Concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 2002; o Prêmio Social 2005 da Câmara de Comércio Brasil-Espanha; a Medalha “Simón Bolívar”, da Câmara Internacional de Pesquisa e Integração Social, em 2000; o Prêmio Humanitário 1997 do Lions Club Internacional; e, o Prêmio Internacional da OPAS em Administração Sanitária, 1994. Entre os prêmios nacionais, destacam-se: * Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz, do Senado Federal, em 2005; * Diploma e medalha O Pacificador da ONU Sérgio Vieira de Mello, concedido pelo Parlamento Mundial de Segurança e Paz, em 2005; * Troféu de Destaque Nacional Social, principal prêmio do evento As mulheres mais influentes do Brasil, promovido pela Revista Forbes do Brasil com o apoio da Gazeta Mercantil e do Jornal do Brasil, em 2004; * Medalha de Mérito em Administração, do Conselho Federal de Administração, em Florianópolis, Santa Catarina, 2004; * Medalha da Inconfidência, do Governo do Estado de Minas Gerais, em 2003; * Título Acadêmico Honorário, da Academia Paranaense de Medicina, em Curitiba, Paraná, 2003; * Medalha da Abolição, concedida pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em 2002; * Insígnia da Ordem do Mérito Médico, na classe Comendador, concedida pelo Ministério da Saúde, em 2002; * Medalha Mérito Legislativo Câmara dos Deputados, em 2002; * Comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, grau Comendador, concedida pelo Tribunal Superior do Trabalho, em 2002; * Medalha Anita Garibaldi, concedida pelo governo do Estado de Santa Catarina, em 2001; * Comenda da Ordem do Rio Branco, grau Comendador, concedida pela Presidência da República, 2001; * Prêmio de Honra ao Mérito da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, 2001; * Medalha de Mérito Antonieta de Barros, concedida pela Assembléia Legislativa de Florianópolis; * Prêmio de Direitos Humanos 2000 da Associação das Nações Unidas – Brasil, em 2000; * Prêmio USP de Direitos Humanos 2000 – Categoria Individual. Em 2006, a Dra. Zilda foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz, junto com outras 999 mulheres de todo o mundo selecionadas pelo Projeto 1000 Mulheres, da associação suíça 1000 Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz. Também é cidadã honorária de dez estados brasileiros (RJ, PB, AL, MT, RN, PR, PA, MS, ES, TO) e de trinta e dois municípios e doutora Honoris Causa das seguintes universidades: * Pontifícia Universidade Católica do Paraná * Universidade Federal do Paraná * Universidade do Extremo-Sul Catarinente de Criciúma * Universidade Federal de Santa Catarina * Universidade do Sul de Santa Catarina


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