segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O cantinho que encontrei 0003



sexta-feira, 19 de março de 2010

Heroína Zilda Arns

A pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann (75), morta nesta quarta-feira no terremoto que devastou a cidade de Porto Príncipe, no Haiti, ficou conhecida no Brasil por sua atuação como coordenadora nacional da Pastoral da Criança, ligada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e por ser irmã de dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo.




Zilda Arns chegou ao país no dia do terremoto para dar uma palestra nesta quarta-feira (13). Ela morreu depois de ser atingida na cabeça por escombros da igreja em que estava. Zilda Arns viajou ao país para dar uma palestra e já tinha terminado o discurso quando foi atingida na cabeça.



Como era formada em medicina, especializou-se em saúde pública para ajudar crianças carentes a superar a mortalidade infantil, o que lhe rendeu sete prêmios e reconhecimento internacional.



Em 2006, ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz junto com outras 999 mulheres de todo o mundo.


Sua carreira como médica começou na pediatria do Hospital de Crianças César Pernetta, em Curitiba. Depois de se especializar na USP (Universidade de São Paulo) em saúde pública e em pediatria social em Medellin, na Colômbia, foi convidada, em 1980, a coordenar a campanha de vacinação para combater a primeira epidemia de poliomielite no Brasil, criando um método tão eficaz que acabou sendo adotado pelo Ministério da Saúde.

Foi ela que, a pedido da CNBB, criou a Pastoral da Criança, que já atendeu mais de 1,4 milhão de famílias pobres em quase todos os municípios do Brasil com a ajuda de milhares de voluntários.


Nascida em Forquilhinha (SC) e morando em Curitiba, Zilda criou cinco filhos. Uma de suas filhas, Sílvia, morreu em 2003 em um acidente de carro. Ela era avó de dez netos.

“Heroína da Saúde Pública das Américas”,
 Concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 2002; o Prêmio Social 2005 da Câmara de Comércio Brasil-Espanha; a Medalha “Simón Bolívar”, da Câmara Internacional de Pesquisa e Integração Social, em 2000; o Prêmio Humanitário 1997 do Lions Club Internacional; e, o Prêmio Internacional da OPAS em Administração Sanitária, 1994. Entre os prêmios nacionais, destacam-se: * Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz, do Senado Federal, em 2005; * Diploma e medalha O Pacificador da ONU Sérgio Vieira de Mello, concedido pelo Parlamento Mundial de Segurança e Paz, em 2005; * Troféu de Destaque Nacional Social, principal prêmio do evento As mulheres mais influentes do Brasil, promovido pela Revista Forbes do Brasil com o apoio da Gazeta Mercantil e do Jornal do Brasil, em 2004; * Medalha de Mérito em Administração, do Conselho Federal de Administração, em Florianópolis, Santa Catarina, 2004; * Medalha da Inconfidência, do Governo do Estado de Minas Gerais, em 2003; * Título Acadêmico Honorário, da Academia Paranaense de Medicina, em Curitiba, Paraná, 2003; * Medalha da Abolição, concedida pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em 2002; * Insígnia da Ordem do Mérito Médico, na classe Comendador, concedida pelo Ministério da Saúde, em 2002; * Medalha Mérito Legislativo Câmara dos Deputados, em 2002; * Comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, grau Comendador, concedida pelo Tribunal Superior do Trabalho, em 2002; * Medalha Anita Garibaldi, concedida pelo governo do Estado de Santa Catarina, em 2001; * Comenda da Ordem do Rio Branco, grau Comendador, concedida pela Presidência da República, 2001; * Prêmio de Honra ao Mérito da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, 2001; * Medalha de Mérito Antonieta de Barros, concedida pela Assembléia Legislativa de Florianópolis; * Prêmio de Direitos Humanos 2000 da Associação das Nações Unidas – Brasil, em 2000; * Prêmio USP de Direitos Humanos 2000 – Categoria Individual. Em 2006, a Dra. Zilda foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz, junto com outras 999 mulheres de todo o mundo selecionadas pelo Projeto 1000 Mulheres, da associação suíça 1000 Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz. Também é cidadã honorária de dez estados brasileiros (RJ, PB, AL, MT, RN, PR, PA, MS, ES, TO) e de trinta e dois municípios e doutora Honoris Causa das seguintes universidades: * Pontifícia Universidade Católica do Paraná * Universidade Federal do Paraná * Universidade do Extremo-Sul Catarinente de Criciúma * Universidade Federal de Santa Catarina * Universidade do Sul de Santa Catarina


Hoje 21 de Maio de 2010 Airton Senna da Silva: Faria 50 anos

Ayrton Senna da Silva





Nascido no dia 21 de março de 1960. Morto, tragicamente, no dia 1º de maio de 1994, durante o GP de San Marino, em Ímola.



Ayrton Senna da Silva começou a correr ainda em sua infância. Mesmo enfrentando um diagnóstico médico que acusava problemas de coordenação motora, seu pai comprou um kart com 1 HP de potência e incentivou o filho a praticar nos finais de semana.



O primeiro kart de competição, com motor de 100cc, ganhou aos dez anos. Porém, precisou esperar até os 13 para poder competir regularmente, ganhando o campeonato sul-americano em 1977. Depois de repetir o título no ano seguinte, seguiu o caminho lógico de todo piloto talentoso, continuando a carreira na Europa. Sempre no karting, conseguiu o sexto lugar no mundial em Le Mans, um resultado excepcional para um corredor com pouca experiência internacional.



Em 1981 foi para Inglaterra. Correu na Fórmula Ford 1600, com um Van Diemen. Competia em duas categorias ao mesmo tempo, e acabou vencendo a ambas.



Em 1983 foi disputar corridas na Fórmula 3 britânica, uma categoria que na época era considerada um teste

perfeito para provar a capacidade de qualquer piloto. Dois pilotos eram os favoritos da temporada: Ayrton Senna e o inglês Martin Brundle. Senna acabou ganhando as primeiras nove corridas do ano, mostrando a determinação e a sede de vitórias que seriam a marca registrada da sua futura carreira na F1. No final do ano, a vitória na corrida internacional de Macau, na China, o colocou na mira dos donos das equipes de Fórmula 1. Depois de um

abortado interesse da Brabham (que segundo dizem, teria sido vetado por Nélson Piquet, primeiro piloto da equipe, na época), acabou assinando contrato de três anos com a Toleman.



A estréia foi em 1984, no GP do Brasil. Mas foi na corrida das ruas de Mônaco, sob a chuva, que a lenda de Ayrton nasceu. Como a chuva sempre foi uma grande niveladora dos carros de corrida, o brasileiro foi levando sua Toleman cada vez mais perto do primeiro pelotão e, já na sétima volta, estava na sexta posição. Perto do terço final da prova Prost estava em 1º com Senna em 2º, mas com 33.8 segundos desvantagem. Na volta 31, com a chuva caindo muito forte, a diferencia já havia caído para 7.4 segundos quando os comissários determinaram o final da corrida. A vitória lhe foi negada, porém Senna saiu de Mônaco como piloto-revelação, iniciando em seguida conversações secretas com a Lotus para a temporada de 1985.



Apesar das vitórias de Estoril e Bélgica, Senna percebeu que a Lotus já não era a mesma dos tempos de Clark e Emerson e mudou-se para a McLaren na temporada de 1988, onde conquistou seu primeiro título mundial vencendo oito corridas na temporada. Foi uma fase de extrema prodigialidade de Senna, que fazia quase todas as poles possíveis, e vencia mais corridas que seu principal adversário, o francês Alain Prost. Disputando na mesma equipe, os dois começaram a se tornar rivais até fora da pista.



Senna ganhou novamente o título mundial no ano de 1990, feito que repetiu mais uma vez no ano seguinte. Em 1994 saiu da vitoriosa McLaren e foi para a equipe de seus sonhos, a Williams. Sua adpatação ao novo carro, que vinha de uma boa fase, mas penou para engrenar as modificações feitas para essa temporada, se mostrou muito complicada.



O brilho de Senna permaneceu até a trágica corrida de Ímola. Um a um, os recordes foram caindo, tornando o brasileiro um dos maiores e mais carismáticos pilotos de todos os tempos.



Até que chegou a corrida de Ímola. A sombra negra da morte não parou de ficar o tempo todo no ar daquele fim de semana. Nos treinos de sexta-feira um grave acidente, com o também brasileiro Rubens Barrichello, assustou a muitos, e Rubinho não pôde nem disputar o restante dos treinos. No sábado, já nos treinos oficiais, uma fortíssima batida contra um dos muros da pista acabou ceifando a primeira vida: o Ratzemberg, jovem piloto, morreu dentro de seu carro destroçado. A cena foi muito forte, e o treino ficou suspenso por muito tempo, até que os pilotos forçaram o encerramento do treino.



No domingo, dia da fatídica corrida, algo sai errado na entrada da Tamburello. A barra de direção de sua Williams se parte (não há certeza se antes ou depois da batida). O carro de Senna dá uma pequena guinada para o lado da curva e acaba saindo reto. Como a velocidade dos carros naquela curva é muito alta, já que é quase uma reta em curva, o carro de Senna bateu num ângulo muito desfavorável, e a mais de 230 km/h. Uma parte da suspensão de seu carro entrou pelo seu capacete, e feriu o nosso Senna mortalmente.





Um gênio, mas passional e bastante reservado

Adorado pelos fãs das corridas de Fórmula 1, Ayrton Senna era também admirado por sua família. Sua dedicação nas pistas e algumas de suas histórias são relatadas por sua irmã, Viviane, e sua mãe, Neyde, como exemplos da importância que o piloto tinha para seus parentes. Era em Angra dos Reis que o piloto gastava as horas livres que tinha entre o fim de uma temporada e o começo da outra. Onde, segundo sua irmã, gostava de recarregar as baterias. Mas, quando estava em sua cidade natal, São Paulo, o tricampeão cuidava de seus negócios. O piloto zelava pela marca Senna, criada no começo dos anos 90.



Dentro do circo da F-1, o melhor amigo de Senna - e talvez o único amigo verdadeiro - talvez tenha sido o austríaco Gerhard Berger, a quem teve como companheiro de equipe na McLaren durante três temporadas, de 1990 à 1992. O automobilismo era uma profissão para Senna, mas outros esportes estavam entre seus prediletos. Natação, tênis e ciclismo eram alguns exemplos. O futebol, uma das maiores paixões dos brasileiros, no entanto, era impraticável, já que Senna era incapaz de manter a bola sob domínio dos pés.



Apesar de ser uma pessoa bastante discreta e que pouco gostava de falar sobre sua vida pessoal, duas namoradas de Senna ficaram bem conhecidas pelo público. Com a apresentadora Xuxa, o relacionamento durou um ano e seis meses. A última namorada do piloto foi a modelo Adriane Galisteu, com quem a família Senna não tem um relacionamento amistoso até hoje. Ainda assim, Galisteu escreveu um livro - O Caminho das Borboletas -, no qual narra os momentos que viveu ao lado do tricampeão.



Outros três relacionamentos podem ser apontados como determinantes na vida do piloto. Lilian de Vasconcelos, Adriane Yamin e Cristiane Ferracciu são descritas na biografia Ayrton, o herói revelado, num livro lançado em 2004, como personagens marcantes na vida do passional e reservado tricampeão.



Os Números de sua Carreira



Os números de sua carreira são impressionantes:



* 161 grandes prêmios disputados,

* 41 vitórias,

* 65 pole-position,

* 87 largadas na primeira fila do grid,

* 19 recordes de pista

* 614 pontos

* 2.986 voltas na liderança, e

* 13.672 km na liderança.

* 3,79 pontos ganhos em média por GP que disputou

* 25/03/1984 - 1º GP de F-1 disputado (GP do Brasil)

* 21/04/1985 - 1ª pole ganha (GP de Portugal)

* 21/04/1985 - 1ª vitória na F-1 (GP de Portugal)

* 07/11/1993 - última vitória (GP da Austrália)

* 03/06/1984 - 1ª vez que subiu ao pódio (GP de Monte Carlo)

* 07/11/1993 - última vez que subiu ao pódio (GP da Austrália)

* 7 motores diferentes (em 4 equipes) foram usados por Senna:

Hart 1.5 L4T - 1984, Renault 1.5 V6T - 1985 e 1986, Honda 1.5 V6T - 1987 e 1988, Honda 3.5 V10 - 1989 e 1990, Honda 3.5 V12 - 1991 e 1992, Ford HB 3.5 V8 - 1993 e Renault 3.5 V10 - 1994





Colocações nos Campeonatos que Disputou





Ano Colocação Equipe/Carro

1984 9º Toleman Hart Turbo

1985 4º Lotus Renault Turbo

1986 4º Lotus Renault Turbo

1987 3º Lotus Honda Turbo

1988 campeão McLaren Honda Turbo

1989 vice-campeão McLaren Honda

1990 campeão McLaren Honda

1991 campeão McLaren Honda

1992 4º McLaren Honda

1993 vice-campeão McLaren Ford

1994 não pontuou Williams Renault



Equipes em que Correu na Fórmula 1:



Toleman + Lotus + McLaren + Williams